contrassenso

Mulheres trans são alvo de preconceito em plena manifestação por igualdade

18.302

O dia de reflexão, luta por Justiça, igualdade e combate ao preconceito - Dia Nacional da Visibilidade Trans - teve um desfecho contraditório na tarde desta quarta-feira em Santa Maria. Enquanto uma manifestação pelas vidas dos cinco assassinatos de mulheres transexuais na região acontecia na Praça Saldanha Marinho, um ato de preconceito contra duas trans foi presenciado por algumas pessoas presentes.

Segundo informações da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB-SM, por volta das 17h45min, duas mulheres transexuais que participavam do evento notaram que estavam sendo fotografadas por uma mulher desconhecida, momento em que se dirigiram até ela para perguntar sobre o que se tratava, pois ela não fotografou o evento, mas sim apenas as duas.

VÍDEO: com samba no pé, mulher trans é a primeira a se formar em Dança pela UFSM

Com ar de desprezo, a mulher teria se calado e saído em direção ao Calçadão, manifestando palavras de ódio e preconceito. Enquanto a mulher se afastava, proferia ameaças, dizendo que trabalhava para a polícia, que estava a serviço de um delegado,  que não se metessem com ela, pois sabia que trabalhavam na noite, e onde seriam seus locais (ponto).

O local referido pela mulher é próximo onde as transexuais Verônica e Carol foram assassinadas.

As vítimas buscaram junto ao Coletivo VOE e a OAB-SM  para tomar as medidas cabíveis. 

- A transfobia é um problema social que esta crescendo de forma alarmante e precisa ser atacada com seriedade e comprometimento. É urgente um posicionamento efetivo dos órgão municipais sobre as pautas LGBTs, especialmente em nível de segurança pública - denunciou a advogada Renata Quartiero, vice-presidente Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB-SM.

Ainda nesta quarta-feira, uma ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA). Amanhã, acompanhadas do advogado Thiago Carrão, irão se dirigir até a Delegacia do Idoso e de Combate à Intolerância cuja titular é a delegada Débora Dias.

- Não permitiremos que se naturalize a violência de gênero em nossa cidade, chega de sangue trans derramado. Nenhuma a menos - pontuou Gabriela Quartiero, do Coletivo VOE.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Aulas na escola do Sesi serão retomadas no final de fevereiro

Acidente na Faixa Nova de Camobi deixa trânsito lento Próximo

Acidente na Faixa Nova de Camobi deixa trânsito lento

Geral